PNL - RECONTO: "a verdadeira história de Alice"
PNL - trabalho da Turma 4L da EB Felgueiras (Profª Paula Alvadia)
Reconto: “A verdadeira história de Alice”, de Rita Taborda Duarte
Era uma menina que se chamava Alice, uma pessoa pequena mas com um grande coração. Ela era generosa, amiga, não era invejosa e estava sempre disposta a ajudar as pessoas.
Alice era uma pessoa especial e por vezes não compreendia as palavras dos adultos. Os adultos diziam uma e ela entendia outra.
Quando a sua mãe a mandava para a mesa comer a papa, ela imaginava um prato de cerelac morninho com sabor a maçã ou multifrutos. Mas em vez do cerelac, encontrava um prato de sopa de legumes verdes e a acompanhar uma travessa com peixe cozido e batata, peles e espinhas.
Sempre que ela pedia aos pais, aos tios e até mesmo à avó Benedita, uma folha para desenhar, eles traziam-lhe uma folha branca de papel. Nunca se lembravam de ir ao quintal da avó buscar uma folha de nespereira ou de ir ao jardim apanhar uma folha de plátano.

O nome completo da Alice era Maria Alice Teixeira de Noronha. Maria da tia, Alice da madrinha, Teixeira da mãe e Noronha do pai e cada nome dava direito a um ralhete especial e com rimas.
- Ai, Maria, Maria se te apanhasse ias ver o que te fazia.
- Alice! O que é que eu te disse?!
-Que chatice, Alice!
-Esta Alice Teixeira … é só asneira, só asneira.
-Então, Menina Noronha! Não tem vergonha?
-Que tolice, Alice … Que tolice.
Por esse motivo, Alice não gostava do seu nome e quando fosse grande pessoa grande pretendia mudar o seu nome. No seu caderninho, no meio de muitos rabiscos, ela escrevia vários nomes possíveis para quando fosse adulta poder escolher sem os palpites de ninguém.
Depois de muito pensar e riscar, Alice finalmente se decidiu entre dois nomes: D. Rita e D. Clemente. Para ela, com estes nomes era possível rimar com palavras bonitas.
-Ai a D. Rita é muito esperta, além de bonita!
-Ah, a D. Clemente, em esperteza e beleza, bate toda a gente!
Alice tinha um segredo e em reunião de família resolveu contá-lo. O segredo dela era que os espelhos eram feitos de gotinhas de água. Do lado de cá havia um mundo e do lado de lá havia outro.

Certo dia, ela decidiu entrar pela manchinha cinzenta do espelho e espreitar o lado de lá. Pouco a pouco, a menina foi percebendo que ali era tudo ao contrário. A Terra era uma planície e num só dia conseguia-se viver as quatro estações do ano. As crianças iam para a rua sem agasalhos, andavam descalças, em vez de sopa comiam guloseimas, dormiam de luz acesa, nunca lavavam os dentes, iam para a cama de madrugada e só depois dos pais.

Finalmente Alice compreendeu que afinal aquele mundo não era assim tão bom como ela imaginava. Estava sempre enjoada por causa dos doces e constipada de não se agasalhar. Á noite, a menina sentia a falta dos pais para lhe contarem uma história e da mãe para lhe aconchegar os lençóis.
A história termina com o regresso de Alice ao seu mundo verdadeiro e lá estavam à espera os seus pais para lhe darem o ralhete:
-Alice, onde estiveste? São horas de ir para a cama, toca a vestir o pijama e vai já lavar os dentes.

Etiquetas: Actividades
BE Amadeo @ 09:45

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